Roma, capital do mundo. Assim era conhecida a Roma de antigamente. Foi fundada por volta de 700 a.C. A lenda conta de dois bebês gêmeos, Romulo e Remo, criados por uma loba. Quando cresceram, decidiram fundar uma cidade e cada qual escolheu um monte pra começá-la. Brigaram nessa disputa, e Romulo matou Remo. Como vencedor, sua cidade floresceu e foi chamada de Roma.
Hoje em dia a cidade também é conhecida por Roma, a cidade eterna. E não é pra menos... Roma é daquele tipo que surpreende a cada quarteirão. Andando como quem não quer nada, de repente vira-se a esquina e se dá de cara algo de 2.000 anos atrás, tipo o Coliseu. Ou então com um momumento extremamente rico e trabalhado, a Fontana di Trevi, só de exemplo.
Demos a sorte do nosso primeiro dia "de verdade" em Roma ser uma quarta-feira (o dia anterior estávamos zumbis por não ter dormido). Todas as quartas-feiras o Papa realiza uma missa pública, normalmente na Piazza de San Pietro. Não podiamos desperdiçar a oportunidade, e fomos.
O Papa é pop. Para ficar pertinho de sua Santidade, é preciso reservar lugar no dia anterior, pessoalmente ou por fax. Não tinhamos reservado (claro!), mas mesmo assim pudemos entrar. Só tivemos que nos contentar em vê-lo de um pouquinho mais longe. E teve de tudo... Entrada de Papa-móvel, desfile entre o Povo, atraso pra começar... Não ficamos pra ver tudo, mas valeu mesmo assim.
Saimos perambulando por Roma. Primeira parada, Piazza Navona, super famosa, e onde reúnem-se diversos artistas italianos, pintando, vendendo obras, tocando. No meio, também uns enganadores, com mais papo do que arte. No geral, bacana. A embaixada brasileira, que fica aqui, se deu bem.
Depois, Panteao - dos antigos, o edifício melhor conservado. Foi criado por volta de 30 a.C (isso mesmo, a.C), e está lá até hoje. É basicamente uma cúpula imensa, de concreto, com um furo no meio, por onde entra o sol. Falando assim, parece pouco, mas impressiona. É gigante, super alto, sem nehuma pilastra de suporte (só as paredes). Os engenheiros da época (como deve ser bacana ser engenheiro!) foram brilhantes ao bolar uma estrutura que vai ficando mais leve à medida em que fica mais alta. Se não fosse assim, o peso do concreto no teto poria tudo abaixo. Originalmente, servia para adorar os diversos deuses cultuados pelos Romanos de antigamente (o principal era Jupiter). Na época d.C (até estranho falar isso), com a ascenção da Igreja, transformaram num templo Cristão. Sinceramente, ficou meio estranho. Imagens de Santos, Crucifixos, junto de pilastras estilo grego.
Próxima parada: Monumento a Vittorio Emanuele. Esse foi "o cara" da Itália. Foi ele quem conseguiu reunificar a Itália na forma como ela é hoje, depois da época medieval em que existiam apenas várias cidades-estado independentes. A descrição correta do monumento é "grandioso". Quando falamos em monumento, o que vem à cabeça é uma estátua qualquer. Aqui não. É uma praça inteira, com vários andares. Claro que o dito cujo tem o devido destaque, em uma estátua gigante, montado a cavalo (que é como os grandes heróis são sempre representados por aqui). Na base, várias esculturas de mulheres representando as várias cidades-estado, de acordo com as vestimentas. Por exemplo a poderosa Milão é uma guerreira com um touro desenhado no escudo. Animal.
Depois, visitamos as ruínas do Coliseu. Na política antiga de "pão e circo para o povo", o Coliseu representa o circo. Comportava 50.000 pessoas, e era onde os espetáculos públicos aconteciam. Lutas de gladiadores, homens contra animais, martírio dos cristãos. Muito sangue derramado. Hoje em dia se vê as paredes em ruínas. Interessante imaginar como era antigamente, em todo o seu esplendor. Em italiano, o nome é Colosseo, devido à estátua de proporções colossais à entrada, porém que infelizmente se perdeu no tempo.
Já era final de tarde, e as pernas já estavam a reclamar do martírio de passar o dia inteiro em pé.
Mas claro que o sangue nos olhos prevaleceu. Apertado, encaixamos uma visita ao Palatino, o morro onde a cidade começou. Em resumo, ruinas no meio de destroços. É até engraçado quando se vê placas apontando a Casa di Augusto, e só o que tem lá é um monte de entulho. Tudo bem, entulho de 2.000 anos, mas ainda assim entulho...
Na volta pra casa nos perdemos novamente. Tudo bem todos os caminhos levarem a Roma, mas precisava serem tão embaralhados? No jantar, em Roma fizemos como os romanos, e detonamos aquela pizza. Faminta, a Claudinha, livre de preconceitos e de costumes da civilização, abandonou o uso de talheres e guardanapos... Devorou seu pedaço de pizza e ainda limpou a mão na toalha do estabelecimento... Que orgulho!
Por fim , o sono dos justos (ou dos exaustos).
domingo, 11 de maio de 2008
Roma, caput mundi
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