Chegando em Madrid, virados da noite em claro escutando fofocas de nossos vizinhos de poltrona, embarcamos pra Roma. Capotamos, claro. Mesmo assim, o vôo era curto e não deu pra compensar a falta de sono da noite anterior.
Leonardo da Vinci, ou Fiumicino, é o principal aeroporto italiano. Fica a uns 30km de Roma, mas é bem-servido por um trem (Leonardo Express) que nos deixa bem no centro. Claudinha veio pescando e nem viu o percurso.
Claro que nos perdemos já na Roma Termini, a estação de trens. Aliás, Roma é uma zona! Mesmo sendo super turística (5o país que mais recebeu turistas em 2006), não tem boa sinalização para os turistas. Só pra achar o balcão de informações turísticas em Roma Termini, levamos bem meia-hora. As placas indicavam pra andarmos em círculos, e as pessoas (absolutamente todo mundo fala inglês) explicavam o caminho pela metade. Bom, depois de bater perna com os mochilões-chumbo, finalmente achamos o bendito posto turístico e pegamos um mapa que é distribuído em qualquer lugar da cidade...
Metro pro albergue. Claro que nos perdemos de novo... Bendito seja o GPS do blackberry que se recusa a funcionar...
Inúmeras idas e vindas, finalmente chegamos ao albergue Ivanhoe, nosso lar pelas próximas noites. Mas nem o corpo pedindo clemência impediu que a fúria viajante tomasse conta. Mal deixamos a bagagem no beliche (só no nosso quarto tem mais 3 beliches), saimos pra explorar a cidade.
Na rua, a primeira coisa que a Claudinha decidiu explorar foi o lado gastronômico da cidade. Deve ser coisa de nutricionista. O fato de já serem 3hs e estarmos sem comer desde o café-da-manhã do primeiro vôo (no segundo era cobrado à parte) deve ter ajudado a entrarmos na primeira espelunca aberta. Comida de mochileiro é qualquer coisa engolível e barata. Não podíamos ser exceção e encaramos logo uns sandubas. Sanduiches italianos também são pra lá de estranhos. O que pedi vinha com um omelete dentro... Omelete e presunto... Pelo menos tinha sustância!
De barriga cheia, iniciamos o tour. A caminho do Fori Imperial, já vislumbramos o Coliseu. Coisas de Roma, coisas de cidade com > 2.500 anos de idade.
Eu, sangue nos olhos, estava tranquilão na batida. Por outro lado, a Claudinha estava ficando meio abatida. Palavras dela: "com toda razao estava muito cansada e sem forças para caminhar no sol quente, mas a fúria do Gustavo impedia que eu parasse ou tentasse sentar em algum banquinho. Nem que fosse só por uns míseros segundos! Praticamente possuído, foi me arrastando pela cidade. Literalmente. A única parada foi para comer um sorvete do McDonalds (no fator preço não tem pra ninguém na Europa - custa só 50 cents he he he)"
Chegando no albergue, o desmaio foi imediato. 5 horas de diferença de fuso, potencializadas pela maratona turística, fizeram efeito, e formos dormir às 8. Nem a festinha que estava rolando nos acordou...
terça-feira, 6 de maio de 2008
Sangue nos olhos
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