De Edinburgo, pegamos um vôo à tarde para Paris, e fomos direto para o hotel. Pois é, havíamos procurado albergues, mas por incrível que pareça não encontramos muitas opções. Por outro lado, existem milhões de hotelzinhos baratos, ao invés dos albergues. Ficamos em um destes bem no limite de Paris, já em Bagnolet (município da Grande Paris). Apesar de longe, era bem pertinho da última estacao de metro, portanto fácil de chegar e sair.
Chegando na cidade, a Claudinha entrou em repeat cantando a musiquinha da copa (que pra falar a verdade eu não conhecia):
Paris, Paris, seu rio é o rio Seeeeena
Paris, Paris, tem louras mas não tem moreeeeenas
Não conhecia mas depois de ouvir umas 200 vezes acabei decorando e não conseguia tirar a música da cabeça.
Fomos conhecer a cidade pela atração principal, a torre Eiffel. Realmente foi só quando vimos a torre que caiu a ficha que estávamos em... Paris!!! E foi uma baita surpresa boa quando, andando no meio da cidade, a vimos surgir por detrás dos prédios. E é impressionante (no mau sentido) saber que ela sofreu uma baita resistência quando foi projetada, no final dos 1800, para uma exposição mundial de arte. Acharam feia demais. Depois, quiseram desmontá-la, mas como era uma boa estrutura para colocar antenas de rádio, acabou se salvando (!!!). De qualquer forma, está ai até hoje.
Passeio tradicional: subimos até o alto, de escadas até o primeiro platô (pra ficar mais barato, claro - pra fazer step é que não era), e depois de elevador até o topo (não dá pra ir de escada até lá) de onde pudemos ter uma vista completa, panorâmica, 360, e tudo o mais que se pode imaginar. E lógico que, como um casal muito competitivo, rolou aquela corridinha básica pelas escadas (coisa de quem está muito à toa, confesso). Fato: ela chegou uns quarenta minutos depois, com meio metro de língua pra fora!!! Versão Claudinha: a Claudinha ia ganhando quando um grupo de turistas a atrapalhou....
Saindo da torre, fomos ao Palácio de Chaillot, que é bem na frente. Lá estava sendo montada uma estrutura de show. Com a curiosidade de turistas à flor-da-pele (e aquela esperança de filar um showzinho de graça), perguntamos pros seguranças o que iria rolar, e soubemos que seria um festival no dia seguinte (domingo) à tarde, com bandas internacionais. O melhor: de graça. Com certeza voltariamos.
Depois, roteiro clássico Paris: Arco do Triunfo, Champs-Elysee, Praça da Concórdia, Jardins des Tuileries. Mas foi só chegarmos ao Arco do Triunfo, que desabou o mundo. Começou a chover canivete. Sorte que eu estava com capa de chuva (valeu, Saraiva!). Amarela, quase fluorescente, com o desenho da Pocahontas, mas ainda assim uma boa proteção da chuva. A Claudinha, coitadinha, ficou mais encharcada que vira-lata em temporal. Buááá!!!!
Sábado à noite em Paris não poderia passar em branco, e fomos à procura de um barzinho que a Marina tinha indicado. No caminho, encontramos um baita de um sambão, num barzinho. Pagode rolando, com a banda "Só Favela". Tava bem animado, e acabamos não resistindo e ficando um pouquinho. Quando finalmente chegamos no outro bar, a decepção: o lugar era muito caro, não acessivel a míseros mochileiros. Acabamos fechando a noite em um bar de rua, também bacaninha.
No dia seguinte, começamos por Sacré-Coeur, Ile de la Cité, Notre Dame. Depois fomos a um prédio modernoso, também indicado pela Marina: Centro Pompidou, com exposição de arte moderna, cinemas e a biblioteca pública. No caminho de volta pro Chaillot (onde teria o show de graça), ainda passamos pelo Jardin de Luxemburgo. Além de ser um parque bem bonito, estava acontecendo um festival de shows de mímica, que filamos um pouquinho. Engraçado...
Depois de tantos passeios, o susto ao olhar o relógio e perceber que estávamos atrasados para o grande show, o grande evento!!!!!
Saímos correndo como uns doidos, para o evento imperdível!!! E o melhor, de graça!!!
Chegamos esbaforidos, e percebemos que estava atrasado. Mas isso não foi nenhum espanto, depois que até a troca da guarda dos lords ingleses também se atrasou... Ficamos matando tempo no Campo de Marte, até ouvirmos vozes no microfone. Nos aproximamos e começamos a desconfiar que tinha alguma coisa estranha....
Começou com o segurança perguntando: "De onde você é? Você ama Israel?". Como assim??? Bom, se essa era a condição pra entrar, "amo muito, muito, é lógico!!!!"
Conseguimos chegar próximo ao palco, e percebemos que estávamos rodeados de judeus, com bandeiras de Israel. Alguns abraçados a bandeira gigantes. Comecou então um discurso infinito, e nada de show! E nós lá, de pé, só na espera. Cadê o bendito do espetáculo com as várias bandas internacionais que nos prometeram? Depois de um tempo, quem de repente chegou? A chuva!!!
Resistimos no início, afinal valeria a pena a chuvinha pra ver o grande show. Mas foi só até descobrirmos que estávamos em um evento de aniversário de Israel. O fato de até o momento só terem tocado músicas judaicas, todas aquelas pessoas cantando os hinos, aquele monte de bandeiras de Israel foram boas dicas pra chegar a essa conclusão (óbvia). Com a chegada da chuva gelada desistimos e fomos embora, frustrados.
Ficamos matando tempo numa lanchonete até às 10 da noite, horário da Torre começar a piscar. Pra quem ainda não viu, vale a pena. De noite, com todas as luzes, é que a torre fica mais bacana. Dá uma baita valorizada. E pra completar, a cada hora cheia depois das 10 (quando escurece, acredite se quiser) a torre começa a piscar. Fica piscando por 10 minutos. Muito bonito.
Dia seguinte, Louvre. Imperdível, mesmo pros leigos como nós. Vale a pena pegar um daqueles audio-guides (aparelhinho tipo um MP3 player que vai te dizendo tudo o que você precisa saber sobre cada obra). Só assim pra conseguir apreciar toda a riqueza do museu.
No outro dia, Versailles. Segundo dizem, é o palácio mais bonito do mundo. Ele é bonitão mesmo, mas o maior charme é seu gigantesco jardim!!!! Uma pena que estava chovendo, pois o passeio no jardim acabou ficando um pouco prejudicado.
Em resumo, Paris realmente merece o destaque que tem. E a Claudinha a elegeu como a cidade mais completa até agora...
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Paris
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