Acordamos dispostos como sempre... Até a primeira tentativa de movimento, que nos lembrou do pior jeito possível a aventura do dia anterior.
Greve! Todo o corpo declarou greve... "Daqui não saio, daqui ninguém me tira". Ok, folga merecida. Parecia até ironia... Nossos planos eram alugar bikes e passear tranquilamente em volta do lago. Coisa leve, uns 60km... Montanhosos... Nem o Chuck Norris faria uma coisa dessas, ainda mais com as pernas destroçadas do vulcão.
Decidimos rapidamente abandonar o plano original e dar férias para nossos pés.
Panajachel é uma daquelas cidades de praticamente uma rua só, terminando no lago, que é a grande atração da região. Lojinhas se empilhavam uma ao lado da outra, e competiam pela atenção dos turistas. Muito pouca coisa pra se fazer, mas perfeito pra nosso merecido descanso.
Fomos direto pro lago depois do café-da-manhã. Muito bonito. Plácido, sob o pé de 3 vulcões. Coisa de cinema. Ok, check na lista. Ainda tínhamos o dia inteiro e a manhã seguinte, o que poderíamos fazer naquela pacata e parada cidade? Grande idéia: andar de caiaque. Afinal, assim podíamos remar o dia inteiro e destruir o que tinha sobrado do corpo.
Vagarosamente (para gastar tempo) fomos nos informar do preço do aluguel do caiaque. Em um espanhol perfeito - que nos denunciava como turistas-patos - descobrimos que o aluguel de 1 hora dava pra comprar uma frota de caiaques. Cogitamos termos entendido o preço errado, ou em alguma moeda de menor valor, mas não. Claro que desistimos na hora.
Partimos então pro plano B, e fomos comprar livros no sebo da cidade (o pobre do Churchill foi esquecido em Antigua). Ficava do outro lado da imensa cidade. No caminho o Leo desenvolveu uma nova técnica de mancar com os dois pés. Um torcido (de bota), e o outro cheio de bolhas estouradas (de havaiana). Muito interessante, parecia um pingüim aleijado. E com um péssimo gosto pra sapatos...
No caminho, levamos nossas roupas pra lavanderia. Afinal, já estávamos na fase de reciclagem, quando as cuecas passam a ter 4 lados.
No sebo, escolhi alguém à altura de nosso espírito guerreiro... "Conan, the Invincible" seria nosso companheiro de viagem, substituto do Churchill pelos próximos dias.
O resto da tarde foi passado à beira do lago, acompanhando as aventuras do guerreiro cimério.
Atrasamos o jantar para postergar a subida até o terceiro andar para o quarto. Vencido este último obstáculo, o sono recompensador.
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